sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Feudalismo


“A partir do século III a crise do Império romano tornou-se intensa e manifestou-se principalmente nas cidades, através das lutas sociais, da retração do comércio e das invasões bárbaras. Esses elementos estimularam um processo de ruralização, envolvendo tanto as elites como a massa plebéia, determinando o desenvolvimento de uma nova estrutura sócio-econômica.”
(Site Cultura Brasil)

O feudalismo (a nova estrutura econômica citada à cima) começou a partir séc. III, ela que veio para substituir a falida estrutura sócio-econômica do império romano, Tinha em sua base três categorias sociais, tais como os servos, Trabalhadores que desenvolviam serviços agrários e artesanais; o clero, a igreja que tinha como preocupação a salvação eterna das pessoas; e os nobres, guerreiros que protegiam os habitantes de seu feudo e seus “aliados”(suserania e vassalagem). Nestas categorias sociais, havia uma relação chamada de relações servis, aonde os servos recebiam emprestados de seu senhor um pedaço de terra aonde os mesmos trabalhariam, e em contrapartida os servos de todo o fruto de seu trabalho pagava ao Senhor 70% (Taxa chamada Corvéia) e 20% para a igreja (Vintena), Isso além de algumas Obrigações extras como Alguns Trabalhos em trocas de favores, ou presentes em datas especiais ao seu senhor (Redevances).

O feudalismo tinha também como característica, a auto-suficiência religiosa, consumista e militar, aonde cada feudo tinha uma igreja, um exercito e todos as mercadoria de consumo essenciais sendo produzidas no mesmo. Essa característica, que possivelmente foi impulsionada pela constante ameaça Barbara, levou a uma redução quase q integral do mercado por escambos.

“Vassalagem e suserania formavam um sistema sócio-econômico da Idade Média entre um vassalo e seu suserano. Nesta relação de reciprocidade, o vassalo recebia terra, objetos materiais ou até mesmo um castelo de seu suserano. Em troca, o vassalo devia oferecer fidelidade absoluta e proteção ao seu suserano.”(http://www.suapesquisa.com/idademedia/vassalagem_suserania.htm)

Os nobres tinham entre si no Período Feudal, uma relação chamada Suserania e Vassalagem, aonde Um Nobre (Suserano) doava um beneficio (Na maioria das vezes um feudo) a outro nobre (Vassalo) em troca de Fidelidade e proteção.

“O homem havia recebido o direito de habitar a terra como se fosse um grande feudo e em troca, tinha de jurar fidelidade a Deus, prestando-lhe serviços, foi utilizando desse argumento religioso-feudal que se organizou um grande exército de “vassalos” cristãos que deveriam lutar pelo seu “suserano”, que era Deus.”
( História do Mundo Ocidental; PEDRO, Antonio; DE SOUZA LIMA, Lizânias; DE CARVALHO, Yone; Editora FTD S.A; São Paulo 2005)


A igreja Católica que detinha o conhecimento histórico e literário era muito rica, já que recebia taxas como vintena (20% do que era produzido pelos servis) e terras (entre outros pagamentos) como ofertas para a expiação do pecado, viu-se a partir do séc. XI em uma situação que a levou a sugerir O movimento chamado Cruzada (movimento religioso e militar). Este movimento que foi impulsionado pelo desejo de enriquecimento (através de pilhagens), grande crescimento da população, a escassez de terras a serem transformadas em feudo na Europa, absolvição dos pecados e cura da enfermidade (oferecida pela igreja aos que se integrassem a este movimento) e interesse pelo comercio (especiarias) levou a muitas pessoas (tanto a nobreza como a plebe) a sair em direção ao Oriente em busca da recuperação da terra santa (Jerusalém), que estava em posse dos mulçumanos.

“(...) no final, as cruzadas fracassaram. Jerusalém continuou dominada pelos mulçumanos. Os nobres europeus não conquistaram grandes extensões de terra como desejavam. Alguns se arruinaram, outros conseguiram retornar ricos à terra natal. A população européia continuou a crescer e a comida começou a escassear. A própria igreja católica foi abalada” (Nova história crítica; SCHMIDT, Mario; Editora Nova geração; São Paulo 2005)

As cruzadas fracassaram, o feudalismo estava extremamente abalado, porém elas possibilitaram a criação de rotas para comércio, principalmente através do mediterrâneo, o que permitiu um estabelecimento de “negócios” com os povos orientais, os italianos, por exemplo, vendiam produtos feudais e compravam produtos asiáticos, as iguarias, e com a valorização desse produto apareceram grandes burgueses, e tudo isso impulsionou a reutilização da moeda (abandonada graças à utilização do escambo nos feudos). Desta forma, ocorreu o renascimento comercial no séc. XII.

O renascimento urbano foi impulsionado pelo renascimento comercial, assim como a reutilização da moeda. Porém o feudalismo estava passando por uma grande crise (crise do século XIV como na citação acima), aonde a produção já não acompanhava o crescimento populacional graças à escassez de novas terras a serem dominadas e a exaustão das terras feudais (devido a Monocultura), e com a urbanização, deu-se um aumento dos impostos, o que possibilitou a criação de exércitos profissionais o que fez com que as relações de suserania e vassalagem perdessem o sentido, e também os senhores feudais foram perdendo a influencia sócio-econômica e as relações servis foram terminando através de cartas de franquia, ou seja, o Feudalismo estava chegando ao fim e um novo sistema econômico começou a surgir, o capitalismo.

Alunos:
João Henrique Tavares Lopes da Silva
Iago de Caldas