sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Feudalismo


O feudalismo foi um sistema econômico, político e social baseado na propriedade sobre a terra, que pertencia ao senhor feudal, e ele cedia uma porção da terra ao vassalo em troca de serviços; o vassalo fazia um juramento de que serviria ao senhor feudal em troca do feudo. Com a terra (benefício), vinha o poder de comando, punição, aplicação de justiça e cobrança de impostos sobre a população. Assim, quem recebia o benefício passava a assumir funções de senhor do castelo nessa terra.
O juramento passou a ser feito mais pelo interesse em ter a terra (feudo), do que na fidelidade e lealdade ao soberano. A posse dessa terra se tornou o fundamento da relação entre o rei e seus vassalos. Os nobres de maior importância, recebiam o feudo diretamente das mãos do rei, tornando-se automaticamente seus vassalos. E estes nobres, por sua vez, podiam passar parte de seu feudo a outros nobres menores; criando assim, uma hierarquia de suserania e vassalagem.

O feudalismo nasceu através da articulação entre dois eixos de relações: as relações feudo-vassálicas e as relações servis de produção. As relações feudo-vassálicas baseavam-se na fidelidade e na reciprocidade entre os membros da aristocracia militar e territorial do feudo; as relações servis de produção, eram baseadas na desigualdade de condições e na exploração do trabalho, estabelecidas entre o senhor da terra e seu servo; que recebia um lote para plantar e cultivar: cuidar da terra, sendo assim, defendidos pelos senhores, mas devendo a eles uma série de obrigações. Tudo o que era cultivado nesse lote era do senhor feudal (corvéia).

A decadência do feudalismo ocorreu porque no século XI os senhores feudais aumentaram a exploração sobre os servos, em razão da necessidade de aumentar a produção de alimentos; e os servos fizeram uma série de revoltas e fugas.
Os cavaleiros furtavam as cidades do oriente quando voltavam das cruzadas. Os utensílios tirados destes saques eram vendidos no meio do caminho. Aparecendo então feiras medievais e rotas comerciais.

A burguesia surgiu como uma nova classe social. Se dedicando ao comércio, os burgueses enriqueciam e movimentavam a economia na Idade Média. Eles precisavam de segurança e construíram lugares para morar protegidos por muros. Assim surgiram os burgos e como conseqüência várias cidades foram iniciadas.

Com o crescimento das cidades surgiram mais empregos. Muitos largaram a vida rural para buscar melhores condições nas cidades européias. Com o afastamento do campo, os senhores feudais mexeram nos trabalhos servis, melhorando assim, as taxas e os impostos. Essas mudanças transformaram os serviços no campo, e o sistema feudal de produção.

Um grande fator que contribuiu para a decadência do feudalismo foi durante as Cruzadas, pois Jerusalém não foi conquistada pelos cristãos, deixando assim, as igrejas Católica Romana e Católica Ortodoxa separadas. As Cruzadas não foram apenas um movimento militar, foi também um movimento religioso , criado para que os cristãos conseguissem retornar para Jerusalém ( Terra Santa), que estava em poder dos muçulmanos.

As peregrinações em direção à Jerusalém e as lutas travadas lá contra os infiéis que tomavam posse da Terra Santa, foram justificadas como uma guerra “autorizada” por Deus contra os hereges, a Guerra Santa.


Aquelas pessoas que não haviam ganhado a “confiança” de Deus (através dos serviços em algum mosteiro),poderiam se redimir participando da guerra para tomar Jerusalém. Sendo prometido a essas pessoas, é claro, alguma recompensa divina, como a salvação da alma, ou algo do tipo.

As Cruzadas foi também uma tentativa de superação da crise que estava se instalando na sociedade feudal; também porque muitos nobres desejavam expandir seus domínios territoriais , e com o sucesso das Cruzadas isso seria mais fácil.

No fim do século XIII a agricultura apresentava sinais de queda anunciando uma clara falta de alimentos, com os solos se esgotando, já que a população continuava crescendo; pois a produção agrícola não acompanhava o crescimento das cidades Além da fome que começava q assolar a população ,a Europa foi assolada por intensas chuvas, favorecendo o alastramento de diversas epidemias , levando a população à mortalidade.

A peste negra foi uma das doenças que mais causou mortos. “Nos campos ingleses, o número passou de 40 mortos por cada mil habitantes, para 100 por mil. Na cidade de Ypres, uma das mais importantes da Europa, pelo menos 10% da população morreu no curto espaço de seis meses em 1316... FRANCO Jr, HILÁRIO.Idade Média. Nascimento do Ocidente, São Paulo, Brasiliense, 1998.

A doença abalou a economia e amedrontou a Europa; muitas cidades ricas foram abandonadas, pois seus moradores fugiam e buscavam ar puro e pessoas não contaminadas. Graças à tudo isso, alguns nobres exploravam cada vez mais os camponeses; já outros nobres passaram a substituir a corvéia por pagamento em dinheiro, dando mais autonomia aos camponeses, mudando as relações servis de produção.

Alunos:
Beatriz Silva
Emily Cristina
Tuanne Stefani

Feudalismo


“A partir do século III a crise do Império romano tornou-se intensa e manifestou-se principalmente nas cidades, através das lutas sociais, da retração do comércio e das invasões bárbaras. Esses elementos estimularam um processo de ruralização, envolvendo tanto as elites como a massa plebéia, determinando o desenvolvimento de uma nova estrutura sócio-econômica.”
(Site Cultura Brasil)

O feudalismo (a nova estrutura econômica citada à cima) começou a partir séc. III, ela que veio para substituir a falida estrutura sócio-econômica do império romano, Tinha em sua base três categorias sociais, tais como os servos, Trabalhadores que desenvolviam serviços agrários e artesanais; o clero, a igreja que tinha como preocupação a salvação eterna das pessoas; e os nobres, guerreiros que protegiam os habitantes de seu feudo e seus “aliados”(suserania e vassalagem). Nestas categorias sociais, havia uma relação chamada de relações servis, aonde os servos recebiam emprestados de seu senhor um pedaço de terra aonde os mesmos trabalhariam, e em contrapartida os servos de todo o fruto de seu trabalho pagava ao Senhor 70% (Taxa chamada Corvéia) e 20% para a igreja (Vintena), Isso além de algumas Obrigações extras como Alguns Trabalhos em trocas de favores, ou presentes em datas especiais ao seu senhor (Redevances).

O feudalismo tinha também como característica, a auto-suficiência religiosa, consumista e militar, aonde cada feudo tinha uma igreja, um exercito e todos as mercadoria de consumo essenciais sendo produzidas no mesmo. Essa característica, que possivelmente foi impulsionada pela constante ameaça Barbara, levou a uma redução quase q integral do mercado por escambos.

“Vassalagem e suserania formavam um sistema sócio-econômico da Idade Média entre um vassalo e seu suserano. Nesta relação de reciprocidade, o vassalo recebia terra, objetos materiais ou até mesmo um castelo de seu suserano. Em troca, o vassalo devia oferecer fidelidade absoluta e proteção ao seu suserano.”(http://www.suapesquisa.com/idademedia/vassalagem_suserania.htm)

Os nobres tinham entre si no Período Feudal, uma relação chamada Suserania e Vassalagem, aonde Um Nobre (Suserano) doava um beneficio (Na maioria das vezes um feudo) a outro nobre (Vassalo) em troca de Fidelidade e proteção.

“O homem havia recebido o direito de habitar a terra como se fosse um grande feudo e em troca, tinha de jurar fidelidade a Deus, prestando-lhe serviços, foi utilizando desse argumento religioso-feudal que se organizou um grande exército de “vassalos” cristãos que deveriam lutar pelo seu “suserano”, que era Deus.”
( História do Mundo Ocidental; PEDRO, Antonio; DE SOUZA LIMA, Lizânias; DE CARVALHO, Yone; Editora FTD S.A; São Paulo 2005)


A igreja Católica que detinha o conhecimento histórico e literário era muito rica, já que recebia taxas como vintena (20% do que era produzido pelos servis) e terras (entre outros pagamentos) como ofertas para a expiação do pecado, viu-se a partir do séc. XI em uma situação que a levou a sugerir O movimento chamado Cruzada (movimento religioso e militar). Este movimento que foi impulsionado pelo desejo de enriquecimento (através de pilhagens), grande crescimento da população, a escassez de terras a serem transformadas em feudo na Europa, absolvição dos pecados e cura da enfermidade (oferecida pela igreja aos que se integrassem a este movimento) e interesse pelo comercio (especiarias) levou a muitas pessoas (tanto a nobreza como a plebe) a sair em direção ao Oriente em busca da recuperação da terra santa (Jerusalém), que estava em posse dos mulçumanos.

“(...) no final, as cruzadas fracassaram. Jerusalém continuou dominada pelos mulçumanos. Os nobres europeus não conquistaram grandes extensões de terra como desejavam. Alguns se arruinaram, outros conseguiram retornar ricos à terra natal. A população européia continuou a crescer e a comida começou a escassear. A própria igreja católica foi abalada” (Nova história crítica; SCHMIDT, Mario; Editora Nova geração; São Paulo 2005)

As cruzadas fracassaram, o feudalismo estava extremamente abalado, porém elas possibilitaram a criação de rotas para comércio, principalmente através do mediterrâneo, o que permitiu um estabelecimento de “negócios” com os povos orientais, os italianos, por exemplo, vendiam produtos feudais e compravam produtos asiáticos, as iguarias, e com a valorização desse produto apareceram grandes burgueses, e tudo isso impulsionou a reutilização da moeda (abandonada graças à utilização do escambo nos feudos). Desta forma, ocorreu o renascimento comercial no séc. XII.

O renascimento urbano foi impulsionado pelo renascimento comercial, assim como a reutilização da moeda. Porém o feudalismo estava passando por uma grande crise (crise do século XIV como na citação acima), aonde a produção já não acompanhava o crescimento populacional graças à escassez de novas terras a serem dominadas e a exaustão das terras feudais (devido a Monocultura), e com a urbanização, deu-se um aumento dos impostos, o que possibilitou a criação de exércitos profissionais o que fez com que as relações de suserania e vassalagem perdessem o sentido, e também os senhores feudais foram perdendo a influencia sócio-econômica e as relações servis foram terminando através de cartas de franquia, ou seja, o Feudalismo estava chegando ao fim e um novo sistema econômico começou a surgir, o capitalismo.

Alunos:
João Henrique Tavares Lopes da Silva
Iago de Caldas

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Uns rezam, outros combatem e outros trabalham

Império Romano agrava pelas invasões bárbaras, ao longo do período medieval, realizou-se a integração dos germânicos, o que preparou os fundamentos do mundo moderno. As características do cerne são produção auto-suficiente, sociedade estamental, poder político local. Com a conjugação de diversos fatores se formou um sistema, dividido em dois grupos: estruturais (de longa duração) e conjunturais (os mais imediatos).

Estrutura política do Feudalismo prevaleceu na idade média as relações da vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, o vassalo oferece ao suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. Economia feudal baseava-se na agricultura, as trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal, o artesanato também era praticado, a produção era baixa pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares.

A igreja Católica era a que dominava o cenário religioso, a igreja também tinha um grande poder econômico, pois possuía terras em grandes quantidades e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade, grande parte do seu tempo era rezando e copiando livros e bíblias.

Educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam , era muito marcada pela igreja então a educação era voltada as doutrinas religiosas e táticas de guerras. A maioria da população era analfabeta não tinha acesso a livros. Outra coisa muito marcada pela igreja era a arte, as pinturas retratavam passagens bíblicas. A arquitetura se destacou na construção de igrejas, castelos, catedrais.
Fatores estruturais vieram do mundo romano, outros dos germânicos, no mundo romanos diversos elementos contribuíram para a formação do feudalismo: a vila, a decomposição do escravismo, a crise do poder político. Outros elementos vieram do mudo germânico: economia natural, instabilidade social, sistema político, comitatus. Por faltar condições conjunturais as populações urbanas se refugiaram no campo.

Os bárbaros também se instalaram no campo, nas vilas, alguns como senhores antes de integrar-se aumentaram a insegurança perambulando pelas estradas, Depois de integrados chegaram os Árabes, que isolaram a Europa e o resto do mundo. Com seus barcos de quilhas e velas os normandos iam longe, atacavam por mar e pelos rios tornando quase impossível a defesa. Atacando igualmente os diversos pontos da Europa ocidental os húngaros e eslavos. A vida só era possível em um castelo fortificado com tantos ataques, onde as estruturas românicas e germânicas se integraram, dando origem ao sistema feudal.

Sistema feudal funcionava como um regime de propriedade, em três formas de posse de terra: posse coletiva reserva ou manso senhorial, manso servil ou tendência. Regime de trabalho, Corvéia, Redevances, Prestações.

Reinos bárbaros foram formados em duas fases, a primeira fase foi a dos povos bárbaros associados do império romano estabeleceram reinos rudimentares e efêmeros. A segunda fase os reinos bárbaros deram origem a instituições mais duradouras, bases para as monarquias feudais.

Grandes migrações e a primeira fase da formação dos reinos bárbaros; nessa fase a noite do ano-novo 406 foi um marco importante, vários reinos bárbaros se destacavam nesta primeira fase; Reino vândalo (os vândalos avançaram pela Gália e pela península Ibérica até se estabelecerem no norte da África; Reino dos Ostrogodos (Fixaram na península Itálica em 488 sobe a liderança de Teodorico); Reino dos visigodos e dos Burgúndios (ocuparam Gália e depois dominaram grandes partes da península Ibérica).

Segunda fase, seus resultados duradouros, e formação da cultura européia, conquista de Gália pelos francos e o domínio da Inglaterra pelos anglo-saxões no século V, nesta fase e destacam dois reinos, Reino dos Francos (Originários da Bélgica atual, fixaram-se na Gália do norte) Reino anglo-saxões (desembarcaram das ilhas britânicas, os romanos já tinha abandonado a região a muito tempo, este reino conseguiu estabelecer mais solidamente em território europeu, superando as heranças do velho Império Romano)

As transformações do feudalismo, Europa passou por um período de paz e segurança durante o final do século X e também estavam correndo avanços na economia e na sociedade feudal. A economia se dinamizava e a população crescia encontrou alimento suficiente graças ao aumento da população agrícola, as cidades antes pequenas cresciam com o excedente populacional, essa população que em parte se dedicava ao artesanato necessitava cada vez mais de matéria-prima para suas atividades, isso exigia que o campo aumentasse sua produção para vendê-las ás cidades.

As cidades tinham de proteger seu artesanato e seu comércio da concorrência estrangeira. Para isso foram criadas as corporações de ofício, que controlavam a qualidade dos produtos, os horários de funcionamento de cada oficina e dos respectivos trabalhadores, o preço das mercadorias e o método de fabricação. Esse controle impedia o desenvolvimento de novas técnicas, pois as corporações temiam que isso barateasse os produtos. (Extraído do livro HISTÓRIA DO MUNDO OCIDENTAL)

A expansão comercial foi algo que marcou muito nesta época porque com o passar do tempo as cidades foram adquirindo por força das armas ou do dinheiro direitos.
Crise e decadência do feudalismo o resultado imediato foi a alta dos preços dos cereais, principalmente dessa época, a falta de dinheiro por causa da paralisação do mercado agrícola agravou-se ainda mais pelo esgotamento das minas de ouro e prata, levando ao declínio do comercio e das finanças. A taxa de natalidade diminuiu e a de mortalidade aumentou. Principais causas para a crise foi, o renascimento comercial impulsionado, principalmente pelas Cruzadas. Desenvolvimento dos centros urbanos provocando o êxodo rural. A volta do contato da Europa com o Oriente. O surgimento da Burguesia. No final do século XV o feudalismo encontrava-se desarticulado e enfraquecido, os senhores feudais perderam poder econômico e político começava a surgir as bases de um novo sistema, o capitalismo.

Alunas:
Fernanda Carvalho
Kamila Santos